Criação de Karl Lagerfeld para Chanel, Sid Vicious e John Lydon: o punk há 40 anos influenciando a moda
Um movimento social que
iniciou-se a partir da moda. Assim é a história do punk, cujos adeptos
encontraram nas roupas de couro preto com tachas, alfinetes e espinhos metálicos
- criadas por Viviane Westwood para a banda Sex Pistols e vendidas em sua loja Seditionaries,
localizada no número 430 da King’s Road, em Londres - a perfeita expressão da
contracultura na década de 1970. E é essa expressividade que impactou (e ainda
impacta) a moda que a mostra PUNK: Chaosto Couture ressalta.
De hoje até 14 de agosto, o
Instituto de Vestuário do The Metropolitan Museum of Art, em Nova York. “Desde
sua origem, punk tem tido uma influência incendiária na moda. Apesar da
democracia punk ser oposta à autocracia da moda, estilistas continuam
apropriando a estética do vocabulário punk afim de capturar sua revolta juvenil
e agressiva força”, disse Andrew Bolton, curador do instituto e organizador da
exposição em nota de divulgação para a imprensa.
A exposição, montada nas galerias
Cantor do segundo andar do museu, reúne aproximadamente 100 roupas femininas e
masculinas. Peças originais punks oriundos dos anos 70 estão justapostos com
peças atuais. Com foco na relação entre o conceito punk de “faça você mesmo” e
o conceito “feito sob medida”, a mostra foi organizada a partir de materiais, técnicas
e adornos associados com o estilo anti-sistema.
Cada uma das sete galerias que
compõem a exposição são dedicadas aos heróis punks que disseminaram os
conceitos de moda punk. A primeira galeria é destinada ao clube CBGB e é
representado por Blondie, Richard Hell e Patti Smith. Em seguida vem a galeria
inspiarda em Malcolm McClaren e Vivienne Westwood e sua boutique Seditionaries.
A galeria The Clothes for Heroes,
representado por Jordan, aborda estilistas que expandiram o visual punk, como
foi o caso do casal mencionado.
“Faça você mesmo”, o conceito
punk que perdura até hoje na moda, é o tema das quatro últimas galerias que estão
subdivididas em: Hardware, tendo como ícone Sid Vicious; Bricolagem, tendo como
representante Wayne County; Grafite e Agitprop, exemplificado pelo grupo The
Clash; e Destroy, estilo típico de Johnny Rotten.
Os estilistas que participam da
exposição com peças criadas ao longo desses 40 anos inspiradas no punk são:
Miguel Adrover, Thom Browne, Christopher Bailey (da Burberry), Hussein
Chalayan, Francisco Costa (da Calvin Klein), Christophe Decarnin (da Balmain),
Ann Demeulemeester, Dior, Domenico Dolce e Stefano Gabbana (Dolce&Gabbana),
John Galliano, Nicolas Ghesquière (ex-Balenciaga), Katharine Hamnett, Viktor
Horsting e Rolf Snoeren (Viktor&Rolf), Christopher Kane, Rei Kawakubo (da Comme
des Garçons), Karl Lagerfeld (da Chanel), Helmut Lang, Martin Margiela, Malcolm
McLaren, Alexander McQueen, Franco Moschino e Rossella Jardini (da Moschino),
Kate e Laura Mulleavy (da Rodarte), Miuccia Prada, Gareth Pugh, Zandra Rhodes,
Hedi Slimane (da Saint Laurent), Stephen Sprouse, Jun Takahashi (da Undercover),
Joseph Thimister, Riccardo Tisci (da Givenchy), Gianni Versace, Junya Watanabe,
Yohji Yamamoto e Vivienne Westwood.
Além da exposição, está à venda
um catálogo com capa dura escrito por Andrew Bolton com introdução de Jon
Savage e prefácio de Richard Hell e John Lydon. Fotografias punk vintage e de
moda ilustram a publicação que custa US$ 45. O catálogo pode ser comprado no
MET e depois será distribuído mundialmente pela Yale University Press.
Mas se, infelizmente, você não puder visitar a exposição, mate a curiosidade com o vídeo sobre a mostra:
Serviço
PUNK: Chaos to Couture
The Metropolitan Museum of Art
1000 Quinta Avenida | Nova York, Estados Unidos
De terça a quinta-feira e domingo, das 9h30 às 17h30; sexta-feira e sábado, das 9h30 às 21h
Ingressos por US$ 25
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