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6 de março de 2013

Bolsa Inspira Obras de Artistas



Fotografias que podem ser vistas em exposição no Instituto Tomie Ohtake


Retangular, com alças em semi-círculo rígidas, couro ou peles exóticas pespontado de cannage, com argolas e letras formando a palavra Dior. Assim se consagra um dos ícones da maison fundada por Christian Dior que desde 2010 viaja o mundo com a exposição itinerante Lady Dior As Seen By


Aberta gratuitamente ao público até o próximo dia 10, a exposição localizada no Instituto Tomie Ohtake reúne trabalhos de diversos artistas de todo o mundo convidados pelo maison a criarem esculturas e fotografias a partir da bolsa desenvolvida para Lady Diana. 

Em uma visita à Paris, em 1995, a então primeira-dama Bernadette Chirac presenteou a Princesa de Gales com o acessório. Ao longo do tempo, muitas celebridades e atrizes também adotaram a bolsa como peça-chave em seu guarda-roupa e Lady Dior ganhou três tamanhos e muitas versões de cores, bordados e tecidos. 

Na exposição, além dos artistas que já expuseram nas edições anteriores em Tóquio, Pequim e Milão, também foram convidados os artistas brasileiros Laerte Ramos, Brigida Baltar e Tunga. 

A exposição é composta por fotografias não muito interessantes, como a esteriotipada Carnaval de Cores (2013), de Lope Navo. Uma das exceções é Nothing Like the Real Thing, de Roxanne Lowt. Mesmo assim, as esculturas são bem mais interessantes, como Lady Light (2011), de Marie Christophe, uma construção bem detalhada da bolsa feita em arame. Ou então Pix Cell-Bag (2011), de Kokei Naua, na qual a bolsa fica repleta de bolhas de vidro; ou a escultura em metal Empire of Separation (2011), de Peter Macapia, que simula a desintegração de Lady Dior.

Bolsa virtual
O melhor, porém, encontra-se na sala escura, ao final da sala. Ao adentrar no ambiente uma vitrine com exemplares da Lady Dior se acenderá, despertando o sentimento do consumismo até nos visitantes mais controlados. Para saciar um pouco a cobiça, o display interativo permite que o visitante brinque de criar sua  própria bolsa e até tira uma foto do visitante segurando sua bolsa virtual, como recordação.

Nessa mesma sala, cinco sofás imitando bolsas gigantes, cada um de uma cor, exibem curtas-metragens protagonizados pela atriz francesa Marion Cotillard - garota-propaganda da Dior. Basta sentar-se confortavelmente, colocar os fones e voilà! Deixar-se levar por histórias bem dirigidas e com boas direções de fotografia. 

Caso não consiga ir à exposição, veja aqui alguns dos curtas-metragens:




Por fim, um balcão com tela sensível ao toque explica passo-a-passo como é feita a fabricação manual da Lady Dior. O mesmo artesão fabrica a peça do começo ao fim e cada exemplar possui um código com o qual é possível saber qual dos artesões o fabricou. Em média, todo o processo de fabricação de uma única bolsa demora dois dias para ficar pronto. 

Esse é um dos motivos pelo alto valor agregado à bolsa, que em média custa a partir de R$ 4 mil, porque dependendo do tamanho e do material esse valor pode triplicar. Soma-se a isso a exposição da imagem de celebridades e teremos um produto quase exclusivo. E agora, com o valor gerado pela arte, é capaz que os zeros à direita da etiqueta se multipliquem. E a cobiça das mortais aumentem.


Serviço
Lady Dior As Seen By
Instituto Tomie Ohtake
Avenida Brigadeiro Faria Lima, 201 - entrada pela Rua Coropés, Pinheiros | São Paulo
De terça a domingo, das 11h às 20h
Até 10 de março
Gratuito

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